Participe da 10ª Moto Romaria João Luiz Pozzobon, em 28 de setembro

No domingo, dia 28 de setembro, será realizada a 10ª Moto Romaria João Luiz Pozzobon, que espera reunir cerca de 500 motocicletas, totalizando cerca de 1 mil pessoas. Os motociclistas partirão de Santa Maria em direção ao local de nascimento do Venerável Diácono João Luiz Pozzobon, em Ribeirão, São João do Polêsine. No local, ocorrerá uma Missa Campal, com bênção aos motociclistas. Após, todos são esperados para um almoço por adesão. Confira a programação abaixo.

A participação no café da manhã, a partir das 7h, e na romaria são gratuitos e abertos ao público. O almoço tem o valor de R$ 50 com venda antecipada na loja Nicola Motos. O cardápio do almoço é risoto, galeto, churrasco, pães, cucas e saladas. O evento é organizado pela Associação João Luiz Pozzobon.

Programação:

A partir das 7h – Concentração dos motociclistas com café da manhã, na Nicola Motos (Av. N. Sr.ª das Dores, 100)

8h30min – Saída da Moto Romaria, em frente à Nicola Motos, em direção à Casa Museu João Luiz Pozzobon I, em Ribeirão (São João do Polêsine)

10h30min – Santa Missa campal, com bênção aos motociclistas

12h30min – Almoço italiano na comunidade de Ribeirão – com reserva antecipada.

Reserva de ingressos para o almoço: (55) 99112-5251 (Alberto) ou (55) 98131-5329 (Régis).

Milhares de pessoas se reúnem em Santa Maria para celebrar os 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina

Devotos de 26 países participaram de eventos relacionados ao Jubileu da campanha iniciada pelo Venerável Diácono João Luiz Pozzobon

Juliana Lovato

Secretaria Pastoral da Causa de Beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon

Com informações de www.schoenstatt.org.br

Nos últimos dias, Santa Maria foi o coração da hoje mundial Campanha da Mãe Peregrina. Coração que pulsou com fervor, unindo diferentes idiomas, culturas e bandeiras. Neste domingo, 14 de setembro, encerrou-se o Encontro Internacional do Jubileu da Campanha da Mãe Peregrina, celebrando os 75 anos do início deste movimento de oração e fé, iniciado na cidade pelo Venerável João Luiz Pozzobon.

O último encontro oficial dos devotos foi a Santa Missa da Romaria da Primavera, que tradicionalmente é realizada junto ao Santuário Tabor de Schoenstatt, mas que dessa vez, pelo grande público esperado, foi deslocada para o Altar Monumento da Basílica de Nossa Senhora Medianeira. Estima-se que mais de 5 mil pessoas participaram deste momento, incluindo os 700 participantes do Encontro Internacional. Ao grupo, que estava reunido desde quarta-feira, somaram-se mais de 15 ônibus vindos de cidades da região e os santa-marienses devotos da Mãe e Rainha e do Venerável Diácono Peregrino.

Congresso Acadêmico

A semana de eventos começou no dia 9, com o Congresso Acadêmico Internacional Nos Passos do Peregrino, sobre Vida e Obra do Diácono João Luiz Pozzobon, realizado na Universidade Franciscana pela instituição, em parceria com a Arquidiocese de Santa Maria e com a Secretaria Pastoral da Causa de Beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon. Neste evento, que foi até o dia 10, participaram cerca de 200 pessoas, provenientes de 23 países.

O Congresso Acadêmico contou com palestrantes do Brasil, Espanha e Argentina, e as conferências foram traduzidas simultaneamente para o espanhol para os participantes da América Latina. Também houve exposição de trabalhos acadêmicos, por parte de estudantes universitários que desenvolveram pesquisas em temas relacionados ao Diácono João Pozzobon e sua história na cidade e na região.

Um dos palestrantes foi o Monsenhor Melchor Sánchez de Toca y Alameda, sacerdote espanhol que trabalha no Dicastério para a Causa dos Santos, no Vaticano, e foi o relator do processo de beatificação do Venerável Diácono João Luiz Pozzobon. Ele foi o responsável por analisar toda a documentação no início deste ano até a análise pelos consultores teólogos no dia 4 de março, o que permitiu que a causa avançasse até o decreto de Venerável, em junho.

– João Pozzobon foi meu primeiro amor, o primeiro processo que analisei desde que iniciei meu trabalho no Dicastério, e sua história é impressionante. Eu pude conhecê-lo em profundidade lendo todos os testemunhos a seu respeito, mas agora, poder visitar a casa onde morou, as ruas que percorreu, é realmente marcante – testemunha Mons. Melchor, com emoção.

Em sua palestra, o Arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, trouxe à tona a fundamentação teológica e bíblica sobre a missão do Diácono Pozzobon, que encontrou sua vocação no diaconato permanente, resgatado pelo Concílio Vaticano II. Para Dom Leomar, Pozzobon viveu aquilo que Jesus contava nas suas parábolas:

– O fruto maduro da vida de João Pozzobon é um povo que se deixa visitar por Maria, e através dela, encontra Jesus Cristo.

O Congresso teve ainda palestras da Ir. Maria da Graça Sales Henriques, do Padre Antônio Bracht (Isch.), vice-postulador da Causa de Beatificação, do Padre Alexandre Awi Mello, Superior Geral dos Padres de Schoenstatt, da Sr.ª Ana Echevarría, uma das responsáveis pela internacionalização da Campanha da Mãe Peregrina, do Sr. Humberto Pozzobon, filho do Diácono, da Ir. M. Rosequiel Fávero, assessora da Campanha, e das historiadoras Prof.ª Dr.ª Maria Medianeira Padoin e Prof.ª Dr.ª Marta Rosa Borin, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Encontro Jubilar

Na quarta-feira à noite, iniciou-se o Encontro Jubilar de 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina, com a abertura no Ginásio do Clube Recreativo Dores e procissão até o Santuário de Schoenstatt. O encontro se seguiu pela quinta e sexta-feira, em Santa Maria, incluindo missas, palestras formativas, trabalhos em grupo, momentos culturais, visitas aos locais históricos do Diácono João Pozzobon, entre outros.

Os 700 participantes, vindos de 26 países, também puderam conhecer um pouco da culinária e da cultura gaúchas na sexta-feira à noite, no jantar no CTG Sentinela da Querência. Já o sábado foi o dia de visitar a Quarta Colônia, passando pelo local de nascimento do Venerável Diácono Pozzobon, igrejas e oratórios importantes em sua trajetória.

No domingo, o evento se encerrou com a Romaria da Primavera, tradição iniciada por Pozzobon e que anualmente leva centenas de pessoas ao Santuário Tabor, para coroar as imagens de Nossa Senhora e abençoar as sementes para a nova safra. Dessa vez, a romaria partiu do Santuário Tabor e de outros pontos da cidade em direção ao Altar Monumento da Basílica de Nossa Senhora Medianeira. O celebrante foi dom Leomar, com a assistência de sacerdotes de diversas nacionalidades, incluindo indiana, polonesa, argentina e mexicana. Confira alguns depoimentos dos participantes do Encontro Jubilar:

Pe. Alexandre Awi Mello: “Sou brasileiro, e saber que um gaúcho conquistou o mundo com sua simplicidade, com um trabalho sério, profundo, apaixonado e entusiasmado é motivo de orgulho. Talvez muitos aqui, em Santa Maria, não reconheçam a grandiosidade de sua presença, mas este evento mostra que as fronteiras da cidade se abriram para o mundo por meio da Campanha da Mãe Peregrina e de João Pozzobon, hoje venerável. Ele caminhava por estradas da Quarta Colônia, dormia no caminho para levar a Mãe às famílias. A entrega radical de João a Jesus, pelas mãos de Maria, e seu serviço aos mais pobres continuam contagiando o mundo. Esse exemplo é um sinal de esperança que hoje se reafirma neste encontro internacional”.

Claudia Altagracia Magallanes Figueroa (República Dominicana): “A história de João Pozzobon chegou até nós na comunidade de Santo Domingo, na República Dominicana, onde temos um santuário fundado em 1973. Lá recebemos formação e conhecemos sua missão. O que mais me inspira é que ele levou a Mãe Peregrina a todos os países, para que todos conhecessem a Mãe e Rainha, Três Vezes Admirável, Vencedora de Deus.”

Pe. Johnson Panthappillil John (Índia): “Conheci a história de João Pozzobon quando estudava com os padres em Schoenstatt, na Alemanha. Depois, voltei ao meu país e comecei a trabalhar com o Movimento. Mais tarde, na América Latina, especialmente no Paraguai, conheci ainda mais sobre o diácono João Pozzobon. Para mim, ele é uma grande inspiração: um homem humilde, um pai de família, alguém comum que fez coisas simples e, com isso, alcançou a santidade. Essa simplicidade é também um chamado para nós: viver como ele, na família, como diácono, como cristãos no mundo todo. Eu venho da Índia, de muito longe. Trabalho lá com a Campanha do Rosário, que está crescendo e chegando a muitos lugares. Vim conhecer mais, visitar os espaços ligados a ele, rezar pela minha pátria e levar essa missão ao meu país. Sinto-me muito abençoado por estar aqui, nesta terra tão querida de João Pozzobon.”

Pe. Ntiranyibagira Longin (Burundi): “Sou padre de Schoenstatt, diretor do Santuário de Monte Sião Gikungu, em Bujumbura. O Movimento em meu país começou forte em 1962 e a Campanha da Mãe Peregrina chegou em 1974. Desde então, faz parte da nossa pastoral, com os Padres e as Irmãs de Maria. O que mais me inspira em João Pozzobon são as atividades pastorais que incluem a missão mariana: levar a imagem de Maria às famílias e pequenas comunidades, reunir as pessoas para rezar e fortalecer a vida cristã por meio da Campanha do Rosário. Foram mais de 20 horas de viagem até Santa Maria. Viemos nove pessoas: um padre, duas irmãs de Maria e seis leigos. Desde que chegamos, temos aprendido muito e vivido experiências que vão nos ajudar no trabalho pastoral em Burundi e também na região: Congo, Tanzânia, Uganda e, agora, também no Quênia.”

Maria Eliane Nascimento Cesário (Caruaru/PE): “Conheci o Movimento há muito tempo e me emocionei com a história de João Pozzobon. Ele foi casado, ficou viúvo, precisou trabalhar e criar os filhos, mas nunca usou isso como desculpa para não servir à Mãe. Abraçou o chamado e, por causa dele, hoje as capelinhas estão em todas as casas, e não apenas nas igrejas. É a minha primeira vez em Santa Maria e considero um milagre estar aqui. Sempre tive vontade de vir. Quando cheguei ao Santuário, me senti realizada, como se fosse realmente um chamado da Mãe. Este presente dos 75 anos quem ganhou fui eu. A viagem foi longa: saímos de Caruaru às 22h, passamos pelo Recife, depois Porto Alegre e chegamos a Santa Maria quase 26 horas depois. Ainda não tínhamos nem tomado banho, mas valeu a pena. A história de João, contada em forma de teatro, me tocou muito. É diferente de ler em um livro. Sou promotora vocacional, represento-o e trouxe a capelinha comigo.”

10/09/1950, Um dia para nunca ser esquecido…

Ir. M. Nilza Silva.

Um pobre homem, em 10 de setembro de 1950, vai ao Santuário, em Santa Maria/RS, pedir a bênção e a ajuda de Nossa Senhora, para viver bem o seu batismo, como esposo, pai e comerciante. Vem, então o convite de uma Irmã, para que fosse rezar o terço com ela, em uma família. No final, ele fica com a imagem, com qual fora rezado o terço.

Bispos, quase 20 sacerdotes, pesquisadores acadêmicos e representantes de 25 nações, nas quais milhões de pessoas seguem o exemplo desse pobre homem, declarado digno de ser venerado, pelo Vaticano. 10 de setembro de 2025, sua pequena e frágil imagem se multiplicou em mais de 200 mil… no lugar de uma só família, são multidões de pessoas que dão continuidade à reza do terço… e um Congresso Acadêmico reúne pesquisadores para apresentar: qual é o mistério de João Luiz Pozzobon?

“É Deus quem faz,” diz o arcebispo Dom Leomar Brustolin, e de fato, não há outra explicação para “o milagre” do crescimento e da fecundidade, nesses 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, iniciada por João Luiz Pozzobon.

A santidade de Pozzobon, descrita pelos que o conheceram

Este segundo dia do Congresso Acadêmico Internacional, “Nos passos do Peregrino, realizado na Faculdade Franciscana (UFN), em parceria com a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, em Santa Maria/RS, continua a desvendar a grandeza e profundidade da vida de nosso “burrinho de Maria”, João Luiz Pozzobon.

O painel “Fama de Santidade e Legado do Diácono João Luiz Pozzobon” abre um leque do resultado de sua colaboração com a ação da graça, na Aliança de Amor.. Pe Francisco Bianchin, SAC, último pároco e confessor de João Pozzobon, diz que está seguro de sua santidade. Emocionado, o padre narra muitas de suas experiências nos encontros pessoais com João Luiz Pozzobon. “Ele antecipou o Concilio Vaticano II, tinha plena consciência de ser um missionário leigo.

Ana Echevarría, da Argentina, partilha sobre os encontros de Pozzobon com o Pe. Esteban Uriburu e o início da internacionalidade da Campanha da Mãe Peregrina, primeiro pela Argentina e depois a África e outros países. Humberto Pozzobon, filho do Venerável, deixa-nos conhecer alguns aspectos da vida de seu pai, seu amor filial a Maria, representada na Imagem da Mãe e Rainha de Schoenstatt, a que chamamos de Peregrina Original. Para ele, não se tratava de um quadro, mas, de uma pessoa a quem ele dedicava todo respeito e amor pessoal, dando a ela o mesmo tratamento que dava para uma pessoa.

Ele não se resume em sua atuação com a Mãe Peregrina

O Vice-postulador e Diretor Nacional do Movimento de Schoenstatt, no Brasil, Pe. Antônio Bracht apresenta como a santidade de Pozzobon se irradia, inspirando várias iniciativas como nomes de locais e publicações midiáticas que destacam a veneração a ele, estátuas, monumentos etc. É uma pessoa que inspira outros e a veneração a ele se expressa das mais variadas formas, sem nosso controle.

As apresentações do painel são completadas pelas partilhas de Ir. M. Rosequiel Fávero, coordenadora das celebrações do Jubileu 75 anos da Campanha da Mãe Peregrina. “João Luiz Pozzobon não se resume a Mãe Peregrina”, afirma ela e partilha suas vivências de infância, quando sua família o acolhia e o venerava como santo. A seguir, apresenta alguns aspectos da sua vida, dados da Campanha da Mãe Peregrina, presente em quase todas as mais de 300 dioceses no Brasil, um pouco da vida que borbulha nela e como está organizada.

Pozzobon em uma frase

O painel se conclui com a resposta de cada conferencistas sobre o que mais admira no venerável Pozzobon. Pe. Francisco: “Sua simplicidade e fidelidade persistente.” Pe. Bracht, “O Místico nas estradas.” Humberto Pozzobon: “A coragem de vencer e nunca desanimar”, Ana: “O amor à Mãe, sua relação com a Mãe Peregrina e seu amor ao terço e a eucaristia” e Ir. M. Rosequiel: “Criatividade apostólica”.

No intervalo fica claro que os idiomas são diferentes e as culturas diversas, mas, todos tem suas vidas tocadas pela grandeza desse “pequeno aluninho do Pe. Kentenich”, o tão grande e venerável João Luiz Pozzobon. As pessoas se agrupam em conversas sobre ele e a admiração por ele que só aumenta com cada faceta de sua vida que vai se revelando em cada apresentação.

Do Dicastério, a admiração e o impulso para o futuro

Após um breve Momento Cultural da comunidade italiana, com seus cantos e trajes típicos, vem o fecho de ouro com a conferência “Santidade, Causa de Beatificação e a originalidade do Diácono João Luiz Pozzobon”, proferida pelo Monsenhor Melchor José Sanchez, Relator no processo de beatificação de Pozzobon, no Dicastério para Causa dos Santos, que deixou a todos encantados com seu conhecimento de detalhes da vida de Pozzobon e sua imensa admiração por ele. Chama a atenção dos presentes que a palavra herói não define toda a grandeza de Pozzobon, “Apesar do heroísmo de sua vida cristã, ele não é apenas um herói, mas, ele se assemelha ao Salvador e se torna um instrumento de salvação para muitos, é um ícone, uma transparência do amor de Deus para muitas pessoas… ele se deixou transformar em outro Cristo, por meio de sua Mãe, a Mãe de Jesus, nossa Mãe e Rainha.”

Qual é a peculiaridade desse “santo”?

Monsenhor diz ainda que todos os santos pertencem à Igreja, mas, muitos tem uma santidade peculiar, que lhes são incorporados ao nome. Exemplo, Santa Monica, mãe de Santo Agostinho, e pergunta: “Qual será a peculiaridade do Venerável Pozzobon? Será o que está escrito na capa do documento de seu processo de beatificação: João Luiz Pozzobon, esposo, pai de família e diácono”. A seguir, ele discorre longamente sobre sua admiração pelo exemplo do venerável como esposo e pai. Finaliza, com a conclusão que Pozzobon é exemplo de diácono permanente, mas, um diácono que nunca abandonou sua família, por causa de sua missão. Ele viveu a consagração a Maria na mais alta profundidade e destacou-se também pelo amor a eucaristia.

“Com sua canonização, Pozzobon é expropriado (da Obra de Schoenstatt) e passa a ser de utilidade pública da Igreja Universal”, conclui Mons. Melchor e explica que é preciso aceitar isso, porque um santo extrapola todos os limites e passa a pertencer ao mundo, pelo seu exemplo de vida que cativa a todos e enriquece toda a Igreja.

Os participantes tem a vez…

Ana Lía Quijano Morenés, da Espanha, partilha: “Este Congresso é uma confirmação de que faço parte de um projeto de apostolado com a Mãe Peregrina, me dá muita alegría e confiança para seguir na missão. Ninguém me obriga a ser missionária e muitos, na Espanha, não me entendem, mas, isso nunca me impediu de continuar. A força me vem da Aliança de Amor. A Mãe tem me dirigido meus pasos, por exemplo (me fazendo) estar aquí neste Congresso no Brasil.”

Para o Diácono Flávio Antônio, Presidente da Comissão Regional dos Diáconos Sul 3, o Congresso “Foi uma experiência de vivência, de muita humildade. Ver e presenciar os depoimentos, o legado da vida simples e do amor de Pozzobon pela Mãe Peregrina nos deixa, como ele mesmo falava ‘que sentia uma lacuna no coração’. Neste congresso, nós estamos nos abastecendo com o seu conhecimento, e percebemos a Mãe Peregrina massageando os nossos corações, nos preparando para a missão Diaconal.”

No encerramento, Pe. Alexandre Awi agradece a cada um da Equipe que organizou o evento, ao Pe. Vitor Hugo Posseti, como expoente das várias equipes, ao arcebispo Dom Leomar  Brustolin, que institui a reitoria Pozzobon e a todo trabalho em conjunto, na causa do Venerável Pozzobon. O Arcebispo também agradece a todos que se empenharam pela realização e aos que estão presentes.

 

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Congresso Acadêmico abre celebrações jubilares

Karen Bueno – Pesquisa, profundidade e novos conhecimentos marcam o primeiro dia do Congresso Internacional “Nos passos do Peregrino: sobre vida e obra do diácono João Luiz Pozzobon”. Este encontro, de caráter acadêmico, reúne pesquisadores, teólogos, estudantes e membros do Movimento de Schoenstatt em Santa Maria, Brasil, na Universidade Franciscana.

A abertura aconteceu neste dia 9 de setembro, com cerca de 260 participantes de 14 países: Mexico, Índia, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Espanha, Paraguai, Porto Rico, Portugal, Itália, EUA e Alemanha.

 

Saudações iniciais

Em sua fala de abertura, o presidente da Presidência Internacional de Schoenstatt, Pe. Alexandre Awi Mello, se emocionou lembrando os primeiros anos como diácono e sacerdote, vividos em Santa Maria: “Hoje viemos todos com um só desejo: seguir os passos do Venerável Diácono João Luiz Pozzobon, agradecer pela sua vida fecunda e aprofundar-nos em sua obra, que continua a inspirar e a transformar a Igreja e a sociedade.”

A vice-reitora da Universidade Franciscana, Solange Fagan, recordou, em sua mensagem de acolhida, as experiências que teve com João Pozzobon. Como diretora de escola, vários anos atrás, ela o recebia, junto com as crianças, para rezar o terço.

Também chegou de Roma para este Congresso o relator da Causa de Pozzobon, Mons. Melchor Sánchez – ele foi o primeiro, no Dicastério para as Causas dos Santos, a ter contato com o Processo. Mons. Sánchez se diz emocionado por poder conhecer os lugares onde Pozzobon viveu.

O arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Brustolin, foi o último a saudar os presentes e recordou os primeiros passos do Processo de Pozzobon. Ele menciona que fica impressionado sobre como as pessoas conhecem Pozzobon pelo mundo todo: “o santamariense mais conhecido no mundo”.

Também estavam presentes o prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo, o vice-prefeito de Restinga Seca/RS, Tarcizo Bolzan, a reitora da Universidade Federal de Santa Maria, Martha Adaime, a assistente do Conselho Geral das Irmãs de Maria, Ir. M. Ana Teresa Rückauer.

 

Pozzobon e os Documentos da Igreja

Dom Leomar Brustolin esteve à frente da conferência inaugural, sobre o tema: “Contexto Eclesiológico – Diác. João Luiz Pozzobon, Vaticano II e Igreja em saída”.

Segundo Dom Leomar, João Pozzobon, com seu trabalho, antecipou o conteúdo dos Documentos de Medelín e Aparecida, especialmente pelo compromisso com os pobres e a centralidade da família. Ele também pré-viveu as novidades do Concílio Vaticano II em vários aspectos.

Dom Leomar destacou a importância da piedade popular e salientou que João viveu isso na prática. “Não dá mais para fazer uma ‘pastoral de balcão’, a pastoral é ir ao encontro dos outros, ir onde as pessoas estão, e lá levar Jesus Cristo”, disse o arcebispo.

Ainda falando sobre a vocação ao diaconato, Dom Leomar disse que, em Pozzobon, “a ordenação não substituiu sua missão laical, mas a confirmou sacramentalmente”. E concluiu dizendo que uma árvore se conhece pelos frutos: “A vida de João Luiz Pozzobon é uma leitura viva desta passagem. Sua existência simples está enraizada em Cristo, sua missão ultrapassou fronteiras.”

 

Compreendendo o passado

Entre os intervalos de trabalho, alguns momentos culturais intercalaram músicas e apresentações culturais regionais.

Em seguida, uma oficina aprofundou a história local, sobre o contexto histórico, social e cultural da vida de João.

A Prof. Dr. Maria Medianeira Padoin resgatou a religiosidade da imigração italiana e como isso impactou a trajetória de João, desde seus antepassados.

Prof. Medianeira também explicou que todo o registro fotográfico, documental e histórico da Causa Pozzobon foi feito por acadêmicos das universidades de Santa Maria.

Em seguida, a Prof. Dra. Marta Rosa Borin trouxe o contexto histórico e religioso da cidade de Santa Maria. Ela destacou as tensões religiosas na história do município, em especial envolvendo protestantes e maçons contra a fé católica. Essas eram algumas das tensões que João chamava de “ventos fortes contrários”.

 

Espiritualidade e ação evangelizadora

Na parte da tarde, uma oficina abordou “a espiritualidade e a ação evangelizadora do Pobre Peregrino”.

A Ir. Maria da Graça Sales Henriques aprofundou a espiritualidade de Pozzobon, dizendo que “a chave é a oração, o diálogo contínuo com Maria.” Falando sobre a dimensão trinitária dessa espiritualidade, ela diz que “o encontro com Maria, no Santuário, é também um encontro com Cristo.”

O Pe. Alexandre Awi Mello, em seguida, explorou a ação evangelizadora de Pozzobon como uma corrente de vida, traçando paralelos com o modelo de Igreja atual. Ele destacou dez aspectos do trabalho de Pozzobon que se aproximam da visão de Igreja sonhada pelo Papa Francisco e assumida pelo Papa Leão XIV, entre eles: uma Igreja em saída, Igreja mariana, da piedade popular, misericordiosa, sinodal.

“A ação evangelizadora de João Luiz Pozzobon revela um leigo que, em sua simplicidade e profunda fé, antecipou e encarnou muitas das diretrizes e anseios da Igreja contemporânea. A Campanha da Mãe Peregrina é uma corrente de vida, uma corrente viva que se alimenta da vida despertada pelo magistério atual e que, ao mesmo tempo, retroalimenta e enche de vida verdadeira nossa Igreja missionária”, disse o Pe. Alexandre, em síntese.

 

Um desafio para todos

A Santa Missa foi celebrada na catedral de Santa Maria, coroando o dia. Foi presidida pelo arcebispo emérito, Dom Hélio A. Rubert, e concelebrada por 19 sacerdotes e quatro diáconos. Na homilia, Dom Hélio falou sobre João Pozzobon: “Conheci e sempre admirei a simplicidade desse homem de Deus”.

O arcebispo, que foi responsável pela abertura do Processo de Beatificação, deixou um pedido e um desafio a todos: “Temos que seguir com união entre nós, muita oração e também divulgar a pessoa de João. Topamos esse desafio?”

O primeiro dia de Congresso encerrou-se com novos conhecimentos e expectativa pela continuação dos estudos de aprofundamento.

O seminarista Jerosh Winson, da Índia, resume sua visão sobre os trabalhos do dia: “O Congresso proporcionou insights valiosos sobre a vida, o contexto cultural e o pano de fundo histórico do Venerável João Luiz Pozzobon. As apresentações das Dras. Maria Medianeira Padoin e Marta Rosa Borlin foram particularmente esclarecedoras, destacando a frase ‘grandes tarefas são realizadas por ombros frágeis’ (Pe. Kentenich). A apresentação de Dom Leomar Antônio Brustolin, ‘Saia de casa, leve Maria, transforme o mundo’, ressaltou a missão que o Venerável João Luiz Pozzobon encarnou. Sua vida serve como testemunho do poder transformador da fé e da dedicação, tornando-o um modelo de santidade para os dias de hoje. A conferência foi um poderoso lembrete de seu legado duradouro, e sou grato pela experiência. Que seu exemplo nos inspire a viver nossa fé com coragem e convicção.”

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