por Denise Moro, Santa Maria/RS

João tornou sua vida matrimonial um caminho de Santificação. E para isso ele contou com a colaboração da dona Vitória, sua esposa na maior parte da vida.

Ele acordava cedo diariamente, e isso com certeza interrompia o sono de sua esposa. Para compensar o transtorno, levava um cafezinho quente na cama e saía cedo de casa para missa no Santuário Tabor às 6h da manhã.

Quando as crianças eram pequenas, João ajudava nas tarefas do dia a dia como deixar o assoalho de madeira brilhando passando cera. Ou brincando com as crianças na sala enquanto Vitória preparava o jantar na cozinha. Seus filhos eram um presente de Deus, uma joia. João assim reconhecia o valor de cada um e escreveu: a cama das sete graças!

Vitória comenta com João como os casamentos estão passando por problemas, devido à excessiva falta de pudor da mulher e assim sugere que ambos rezem mais terços pela santificação das famílias. Ao mesmo tempo que rezavam pelas famílias, a oração do terço torna-se a arma e o escudo que sua vida matrimonial necessitava. Uma forma de alimentar os vínculos e fortalecer o sacramento.

Os desafios de educar os sete filhos exige do casal uma abertura de coração e humildade no diálogo. Estarem em comum acordo mantendo firmes os princípios e valores ensinados. Mais que com palavras, João e Vitória ensinavam pelo exemplo. Seu terço diário era vivido nas pequenas coisas do dia a dia. Como colhendo pêssegos e fazendo compotas para terem sobremesas deliciosas aos domingos ou preparando a cesta de Páscoa decorada e recheada de bolachas caseiras e balas.

João, como o provedor da casa ao longo dos anos, dedicou-se em melhorar a moradia de sua família. Colocou piso na cozinha, providenciou um banheiro interno e também cuidava de não faltar lenha quando se ausentava em suas viagens. Assim nos conta a filha Vilma: “nem percebemos sua ausência“.

Algumas vezes João pagava um empregado para cuidar dos afazeres externos como no trato dos animais, da horta e do jardim.

Missão compartilhada em família

Seu João entendeu a Missão e por ela sua entrega foi total. Vitória entendeu a missão do seu esposo João a tal ponto de nunca reclamar suas ausências, como relata a filha Eli. Também nunca lhe ocorreu pedir que parasse de fazer a Campanha quando, no tempo das incompreensões, ele, humilhado, “chorava de sacudir a cama.”

Ela foi seu apoio. Era afetuosa com palavras carinhosas que agradavam a João. Podemos afirmar que seu segundo casamento foi a maturidade do amor. O sacramento do matrimônio produz frutos para a eternidade quando ambos buscam superar suas diferenças e sacrificar suas vontades, colocando Deus como parte dessa Aliança. Assim percebemos pelos relatos dos filhos que a harmonia matrimonial refletida gerou paz na família e os filhos cresceram em um lar saudável e funcional.

Vitória participa da renovação da Consagração anual no dia 8 de dezembro como em todas as romarias e programações da Campanha. Estar presente na renovação de sua consagração é muito significativo. Como esposa, ela não poderia ficar ausente. O compromisso era de ambos, cada um no seu chamado específico vivendo sua vocação. Desta forma, João chegou a sua terceira esposa: A Campanha, na qual entregou sua vida e foi fiel.

João sem dúvida foi obediente a Deus desde o princípio e até o fim. Sua obediência produziu frutos e sua campanha do santo terço se expande até os confins do mundo!

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