Capelas

O Servo de Deus, João Luiz Pozzobon, ao percorrer os caminhos levando a Imagem da Mãe Rainha, foi percebendo as diversas necessidades, especialmente ficava muito sensibilizado com aqueles que menos acesso aos bens, fosse material, cultural ou espiritual. Uma das suas preocupações foi levar a igreja para mais próximo desses pessoas. Assim, também teve a preocupação de construir capelas para que as pessoas tivessem um local mais próximo onde pudessem alimentar sua fé. Esses locais também serviram para a formação catequética.

Ele construiu 3 capelas levando o nome de cores: Capela Azul, Capela Branca e Capela Rosa. Estas são as cores que estão no manto da Mãe Rainha.

1. CAPELA AZUL

– Capela do Abrigo da Mãe –

Esta capela está situada na Travessa Alameda Sibipiruna, Nº 41 – Cerrito, Santa Maria/RS, na Vila Nobre da Caridade fundado por João. A ideia da construção da Capela Azul, inicialmente “Capela do Capim”, teve sua origem em julho de 1952 durante uma visita do Sr. João Luiz Pozzobon, com a imagem original da Mãe Peregrina às famílias do Cerrito. O Sr. João foi visitar a casa de uma determinada família. Iria deixar a Imagem Peregrina nesta família durante a noite. A pobre família, não tinha espaço para deixar a Mãe de Deus, e queria dar um espaço digno para Nossa Senhora que visitava sua casa. Decidiram de desocupar o quarto das crianças e ali hospedar Nossa Senhora por uma noite. Assim, as todos foram dormir no pequeno estábulo onde pernoitavam as cabras. O Sr. João ficou sabendo no dia 07 de dezembro de 1952 desse acontecimento, dia seguinte quando retornou à casa da família. Pressentiu nesse acontecimento que Ela desejava um lugarzinho naquele local. Assim inspira-se João Pozzobon para construir a primeira capela, convidando a mesma família para ajudar a construir. A preocupação da família era como conseguir dinheiro; João imediatamente soluciona com a proposta de cobrir com capim.

A construção da capelinha começou do dia 10 de dezembro de 1952 sendo inaugurado no Natal do mesmo ano. No dia da inauguração. A capela foi coberta com capim, pois era o material que tinham disponível para o momento. A capela ficou coberta com capim até 01 de maio de 1964. Ela foi conhecida primeiramente como “Capela do Capim”. No dia da inauguração, foi feito uma festa com distribuição de cucas e terços aos que se fizeram presentes. No dia 17 de março de 1954 começa a funcionar também ali a Escolinha Vicente Pallotti. A construção da “Capela do Capim”, mais tarde Capela Azul iniciou em 10 de dezembro de 1952, sendo concluída em 23 de dezembro do mesmo ano. A inauguração ocorreu no dia 25 de dezembro de 1952, dia de Natal, com uma missa celebrada pelo Pe. Gabriel Bolzan.

A cor azul foi escolhida pelo Sr. João L. Pozzobon, não só por causa do manto de Maria, mas também pelo significado de abrigo.

2. CAPELA BRANCA

 – Capelinha Envio Apostólico –

Esta capela está situada na rua São João do Polêsine, nº 50 – Vila Bilibiu, Km 3, Santa Maria/RS. No dia 20 de maio de 1954 iniciou-se a construção desta capela, então localizado no final da Av. Osvaldo Cruz; sendo concluída no dia 14 de junho do mesmo ano. No dia 14 de junho rezou o primeiro terço com a participação de 194 pessoas e a primeira missa foi celebrada alguns dias depois, 14 de junho de 1957 Por necessidade de expansão da estrada, a capela foi recolocada, para próximo do viaduto do km 3 e reinaugurada no dia 04 de agosto de 1963. Igualmente à primeira Capela, aqui também acolheu uma escolinha começando a funcionar no dia 07 de março de 1958. A Capela Branca é conhecida por ser um dos três pontos de partida da Romaria da Primavera promovida pelo Sr. João. Na Capela Branca era celebrada a Bênção das Sementes, até 1968. Acontecimento que o Sr. João transferiu para o Santuário ao findar de uma das Peregrinações.

Na época das incompreensões (tempo que os órgãos internos da Igreja, buscavam compreender a espiritualidade no seu todo), época difícil para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, a Capela Branca foi utilizada para a celebração das missas, pois o Santuário estaria por “fechar suas portas”. A cor branca, para o Sr. João Luiz Pozzobon, significava a transformação.

3. CAPELA ROSA

– Capelinha do Amor –

A capela Rosa está situada na rua Bosque, 505 Vila Floresta, Santa Maria/RS. A construção da Capela Rosa tem em sua história fatos especiais. Tudo começou quando o Sr. João L. Pozzobon percebeu o crescimento do número de moradores da Vila Floresta. Resolveu realizar as visitas às famílias, com a imagem da Mãe Rainha, e foi através desta iniciativa que conheceu o Sr. Gabriel Forner e Sra. Amália. Foi numa noite, após rezar o terço, que, ao conversar com o Sr. João, o Sr. Gabriel prometeu a doação do terreno onde seria construída a capelinha da Vila Floresta. Logo em seguida, o Sr. Gabriel ficou muito doente e veio a falecer, mas como era de sua vontade sua família cumpriu com o prometido e doou o terreno para a construção da capelinha. A construção começou em fevereiro de 1971. Como era costume do Sr. João sempre envolver as pessoas no que realizava, convidou as crianças também para participarem da construção da capelinha carregando tijolos, o que prontamente aconteceu.

A Capela Rosa foi concluída em 9 de março de 1971. O dia festivo para a inauguração e benção foi em 18 de abril de 1971 com a celebração da eucaristia presidido pelo Pe. Achiles Rubin e Pe. Dorvalinho Rubin e Pe. Irineu Trevisan. Segundo Sr. João, a cor rosa significa a fecundidade e as portas brancas, a inocência das crianças e as almas que caminham para o céu.

Casas Sociais

– Vila Nobre da Caridade –

João Luiz Pozzobon por estar inserido na realidade social, não partia de sonhos realizado em confortáveis mansões por ideólogos que não conhecem o sentir de quem sofre no dia a dia a experiência existencial de não ter um lugar para habitar ou para repousar seu corpo durante a noite, e guardar seus poucos pertences. João vivia entre os mais necessitados como também teve a experiência de também não ter um lugar para viver. Logo que ele perdeu sua primeira esposa, depois de gastos todos seus recursos financeiros para o restabelecimento da saúde de Teresa; vivencia ele também a experiência de necessitar da ajuda de outros para ter um lugar onde morar. Ele, antes de adquirir a casa atual, localizada no atual Km 3, bairro Dores, Santa Maria/RS, no mesmo bairro ele recebeu uma casa para viver até ter condições para conseguir uma casa para ele e sua família.  As experiências da vida o marcam e o capacitam para tomar iniciativas humanitárias básicas de auxílio ao próximo. Vendo a precariedade das famílias que chegavam à cidade de Santa Maria, vai ele em auxílio das mesmas.

Em 1952, dois anos após começar com a Campanha da Mãe Peregrina, começa a construir pequenas casas, no local onde ele próprio denomina como Vila Nobre da Caridade. Como não tinha bens econômicos para tal,  pede ajuda para os vizinhos e todos os que podiam colaborar com algo. De sua casa leva materiais que já não necessitava para uso próprio. Assim foi construindo as primeiras casas. Ao total a Vila Nobre da Caridade foi constituído por 14 casas. Cada casa recebia o nome de uma flor. João estava preocupado, mesmo na absoluta pobreza, com a dignidade de cada um e a dignidade do ambiente onde os mesmos viviam. Podemos aplicar o velho ditado popular: “Pobre, mas limpo.” Para um ordenado convívio dos vizinhos na Vila Nobre da Caridade, João Pozzobon elaborou um termo de convivência, com direitos e deveres para todos aqueles que ali residiam. As casas não eram cedidas como propriedade, mas provisoriamente para uso até que a família tivesse condições de transladar-se para sua própria casa ou aluguel. Ele buscava promover as pessoas para que pudessem tornar-se independentes economicamente e continuar a vida construindo suas próprias famílias.

Suas ações, nunca estava separado da oração e do oferecimento dos sacrifícios como Capital de Graças para Nossa Senhora. Ele sentia-se com um instrumento nas mãos de Nossa Senhora. Por isso, não perdia a ocasião para manter orientado as pessoas, com as quais ele tinha contato, a crescer no diálogo com Deus. A construção das casinhas na Vila Nobre era construída pelos próprios moradores em mutirão. Era a solidariedade de todos em favor de todos. Com esta pedagogia João desenvolvia a responsabilidade de todos pelo zelo da Vila. Na Vila também foi construído uma capelinha, a qual se chamou capelinha Azul; sendo que a mesma serviu com uma Escola e lugar para a catequese das crianças.

Pe. Vandemir Jozoé Meister | Projeto João Luiz Pozzobon

Escolas

As escolas formam o futuro de uma nação e o futuro de cada cidadão. A formação intelectual foi sempre uma preocupação para o Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Mesmo ele não podendo desfrutar desta riqueza em sua adolescência e juventude, ele nunca usou como justificativa para negar-se a promoção da formação intelectual. Mesmo como pai de família, incentivou que seus filhos sempre estudassem. O seu apostolado com a Mãe Peregrina, um dos objetivos, foi percorrer as escolas e despertar o amor a Mãe de Deus nas crianças. Muitas pessoas testemunham até os dias de hoje os dias que o Sr. João Pozzobon chegava às escolas. Era um dia diferente. Parava o ritmo das atividades para acolher o Sr. João com a Peregrina.

Ele, logo no início da Campanha da Mãe Peregrina (1950) se preocupa com o tema de proporcionar aos mais necessitado a formação para que pudessem ser inseridos na vida da sociedade. Para ele não havia impedimento para a transmissão de conhecimentos. Não era a falta de infraestrutura que poderia impedir. Os antigos filósofos todos foram formados em plenas praças públicas, sem um teto para cobrir suas cabeças. Na Vila Nobre da Caridade, fundado por ele; constrói uma capelinha coberta com Capim. Ali, no dia 17 de março de 1954, ele funda, juntamente com a presença do Padre Gabriel Bolzam a escola que levará o nome de Escola Vicente Palotti, com a presença dos seus primeiros 15 alunos.

A primeira professora a tomar a frente dos alunos foi a própria filha do Servo de Deus. Nome das professoras que lecionaram na escola Vicente Pallotti:  Senhorita Nair Pozzobon 1954 – Maria Medeiros 1955-1956 – Odete Oliveira 1957 1958 – Sra. D. Elena Deolinda da Silva 1959 a 1961 – Srta. Ana do Carmo Colvero 1962 a 1964.

A segunda escolinha teve lugar no endereço da  rua São João do Polêsine, nº 50 – Vila Bilibiu, Km 3, Santa Maria/RS. No dia 20 de maio de 1954 iniciou-se a construção de uma capela, chamada de Capela Branca, então localizado no final da Av. Osvaldo Cruz; sendo concluída no dia 14 de junho do mesmo ano. No daí 07 de março de 1958 começa a funcionar ali também uma escolinha. Por necessidade de expansão da estrada, a capela foi recolocada, para próximo do viaduto do km 3 e reinaugurada no dia 04 de agosto de 1963.

Pe. Vandemir Jozoé Meister | Projeto João Luiz Pozzobon

Ermidas

Ermidas da Mãe Rainha

As ermidas, pequenas construções de distintos formatos, são colocadas em lugares estratégicos para proporcionarem às pessoas momentos de lembrança do divino, ocasião de oração, momento de realizar seus pedidos. Ali, gesta-se um pequeno espaço do sagrado, do divino. As pessoas, nesses espaços erigidos, expressam a dimensão interior de sua fé através de algo concreto. Uns, colocam flores, outros ascendem velas, de joelho ou de pé elevam suas orações a Deus. O servo de Deus, João Luiz Pozzobon, quando visitou a Alemanha no ano de 1979, inspira-se na realidade religiosa desse país. Ao caminhar pelas ruas ele percebeu a abundância de símbolos religiosos nas fachadas das casas e esquinas ou praças. Essa realidade ajuda a criar um espírito religioso em quem as observa.

Voltando ao Brasil ele começa a difundir a colocação das ermidas da Mãe Rainha nos caminhos por onde andava na cidade de Santa Maria e Quarta Colônia. Ao total, ele próprio erigiu 44 ermidas, sendo a primeira colocada na localidade de Arroio Grande/RS. O próprio João Pozzobon comenta sobre as ermidas: “… nas periferias das paróquias e das capelas, nos lugares aonde o próprio sacerdote não chega… estou colocando um marco, um sinal que facilite a reunião da comunidade. Os párocos deram todo o seu apoio e bênção para a colocação das imagens da Mãe de Deus, Mãe e Rainha… já vou para a sexta ermida. O povo vem, é algo simples, mas atraente; mesmo aqueles que não gostam vão ver, e então a Mãe se encarrega do resto” (Herói hoje, não Amanhã).

As ermidas colocadas por João Pozzobon também tinham outro objetivo no seu trabalho pastoral. Eram um ponto de encontro para a partida, para a peregrinação.  Assim comenta ele: “Essas ermidas sejam pontos de partida, de onde o povo vem ao Santuário.”

Esses ermidas da Mãe Rainha não eram somente meros marcos marianos colocadas em qualquer lugar disponível, tinham uma estratégia e uma organização pastoral em torno dela:

  1. Formato: Eram de feitio modesto, para não complicar a captação de recursos, que muitas vezes poderia ser uma dificuldade para erigir uma ermida da Mãe Rainha. João Pozzobon dizia: “As ermidas eram singelas: uma imagem da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em bronze, fixada num pedaço de madeira cravado na terra e, sobre a imagem, um pequeno telhado de zinco de duas águas” (Herói hoje, não Amanhã.).
  2. Benção da Ermida: Para João Pozzobon o Santuário da Mãe Rainha tinha uma função fundamental na irradiação da espiritualidade e das Graças de Nossa Senhora com o título de Mãe Rainha. Tudo tinha que partir desde o Santuário. Para seu trabalho apostólico sempre partia do Santuário. Sobre as ermidas comenta ele: “Eram bentas no Santuário, realizando uma segunda bênção com o povo, no local onde eram colocadas. Nessa ocasião se costumava fazer uma romaria com os vizinhos, uma pregação e uma oração de consagração” (Herói hoje, não Amanhã).
  3. Vida pastoral entorno da Ermida: As ermidas da Mãe Rainha geralmente estão localizadas longe de algum espaço religioso. Foram erigidas justamente para substituir a falta desses espaços; e por isso, também deveria haver um certo cuidado espiritual com o local da ermida realizando atividades. Comenta o Servo de Deus: “Aos sábados, reza do terço. Nas primeiras sextas-feiras do mês, reza da via-sacra. Aos dias 18, ‘reúnem-se como símbolo da união com o Santuário…’ Quanto possível, uma vez ao ano, celebração da Santa Missa. ‘Essas ermidas sejam pontos de partida de grupos que virão ao Santuário.’” (Herói hoje, não amanhã)
  4. Um missionário: Cada ermida da Mãe Rainha tem que ter uma pessoa responsável assumindo como um apostolado o cuidado e organização da vida ao entorno da mesma. João comenta: “Necessita-se de um líder… que em cada ermida reúna a gente e faça essa caminhada até o Santuário”

Assim, outros foram inspirando-se no trabalho do Servo de Deus João Luiz Pozzobon e também foram difundindo  e erigindo novas ermidas, como um sinal da presença da Mãe de Deus nos caminhos. Ela é a Guia que nos conduz até o porto seguro da salvação! Inclusive foi erigida uma ermida no polo Antártico.  O Padre Audinei Carreira da Silva, capelão da Marinha, na expedição para a Antártida, com o Navio Barão de Teffé, em 1984, empenha-se de erigir uma no meio do gelo.

Pe. Vandemir Jozoé Meister | Projeto João Luiz Pozzobon

Juventude

Peregrina da Juventude Heróica

João Luiz Pozzobon não teve somente uma preocupação, mas como também desenvolveu atividades com a Juventude. Logo que se locou no bairro do Km 3, reunia as crianças, na matina dominical animando-os a participar com ele da Santa Missa. Penteava alguns, passava perfume noutros e dizia: “Para uma festa vamos bonitos e perfumados, assim também temos que ir para a missa. ”  Na Vila Nobre da Caridade, fundada por ele, construiu uma capelinha, a qual também servia para reunir as crianças e jovens que recebiam alfabetização e catequese orientado pelas filhas dele. A palavra herói, foi uma palavra muito importante para o Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Ele sempre repetia, depois de ficar sabendo da vida dos heróis do Movimento Apostólico de Schoenstatt, ocorrido durante as 2 guerras mundiais, especialmente a vida de José Engling;  HERÓI HOJE E NÃO AMANHÃ. Isso ele também queria incendiar os jovens, que tem um espírito aventureiro e de audácia. A ser heróis hoje, e não postergar para o amanhã!

O herói brasileiro João Luiz Pozzobon, em sua visita à França, em julho de 1979, seguindo as pegadas de José Engling, encontrou um estilhaço de granada da Primeira Guerra Mundial, no lugar onde José Engling, como soldado, ofereceu sua vida pelo Santuário e pela Obra da Mãe Rainha Três Vezes Admirável.  Lá, Pozzobon recebeu também uma cruz de madeira, feita dos restos de uma cruz que esteve no lugar onde Engling tombou, perto de Cambrai. Ao voltar ao Brasil, o Sr. João Pozzobon aproveitou esses símbolos de luta e heroísmo, e mandou confeccionar uma imagem da Mãe Peregrina contendo essa cruz e o estilhaço de granada. Ele a denominou “Peregrina da Juventude Heróica”, e ela foi abençoada no Santuário de Santa Maria, no Natal de 1979 (Cf. Uriburu, Esteban. Herói hoje, não amanhã. Santa Maria, 1991). Ela foi destinada pelo próprio Pozzobon para peregrinar entre os jovens.Atualmente esta imagem peregrina entre os grupos do JUMAS (Juventude Masculina de Schoenstatt) nas diversas cidades do Brasil. No I Fórum Nacional do JUMAS Brasil, em Itaara, Santa Maria/RS, 2005; sabendo desta iniciativa do Servo de Deus João Luiz Pozzobon, decidem resgatar essa imagem histórica com a iniciativa da peregrinação pelas cidades onde estão localizados os grupos do JUMAS.

JUVENTUDE COMPROMETIDA

O filosofo Sócrates dizia: “Quem não tem um ideal pelo qual viver, não é digno de viver! O tempo de juventude é marcado por busca de ideais, de causas pelas quais dão sentido à viver a vida. Muitos jovens têm se identificado com a missão de João Pozzobon e encontrado sentido de viver a santidade da vida diária. O Papa Francisco repete várias vezes no documento que não devemos temer: “não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando te criou e serás fiel ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade” (Gaudete et Exultate 32).

O entusiasmo vê-se nos rostos juvenis em entregar a Imagem Peregrina um para o outro.  Desde a infância tem a Mãe de Deus faz questão de peregrinar através entre as crianças que fazem a catequese; onde cada criança leva por uma semana a Imagem Peregrina para sua casa.A missão de levar a imagem da Mãe de Deus às famílias tem cativado os jovens ao heroísmo e audácia. Sair de ritmo de vida diária e empreender missões levando a Imagem Peregrina nas famílias, ruas, escolas, igrejas, etc. Isso tem originado uma dinâmica cativante de experiência religiosa e comprometimento com o próximo entre os Jovens. Iniciativas entre os jovens tem criado novas situações, onde a Imagem Peregrina aparece como a grande missionária. Na Pastoral Universitária, formado grupos, os jovens levam a Imagem Peregrina passando de um ao outro. São experiências que marcam suas vidas para sempre.

Pe. Vandemir J. Meister | Projeto João |Luiz Pozzobon

Mãe Peregrina

Imagem Peregrina Original

Ampliação Mundial 

A Campanha da Mãe Peregrina tomou uma dimensão internacional a partir da visita do sr. João Pozzobon, com a Imagem Peregrina ao lugar de Fundação da Obra de Schoenstatt, na Alemanha e em Roma, no ano de 1979. Atualmente, a Campanha da Mãe Peregrina se faz presente nos cinco continentes e em todos os países da América Latina.

Apoiado e abençoado pelo Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt

Referindo-se a essa bela Campanha, o Pe. José Kentenich, de quem o Sr. João se considerava um aluninho – após abençoar essa iniciativa – assim a considera:

“Praticamente foi isso que sempre fizemos até agora, por meio do Movimento Apostólico de Schoenstatt: abrir espaços à Mãe de Deus para que Ela opere com as graças do seu Santuário, o abrigo e conforto espirituais, a transformação interior e o ardor apostólico. A Campanha demonstra como são verdadeiras as palavras de São Vicente Pallotti sobre Maria Santíssima: ‘Ela é a grande Missionária; Ela opera milagres de graças’. Trata-se de um autêntico método moderno de Pastoral”.

Uma Campanha em saída

A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt corresponde aos objetivos que a Igreja propõe a todo povo de Deus: ser missionário de Jesus Cristo, evangelizar, sobretudo os mais necessitados, que estão afastados da Igreja. Sua estrutura diocesana permite uma inserção plena na realidade de cada paróquia e diocese. Está presente em todos Estados do Brasil, em muitas dioceses, paróquias e cidades do país.

1 – Imagem Peregrina Original

A Imagem Peregrina Original (original por ser a primeira em tamanho e formato) foi entregue pela Ir. Teresinha Gobbo ao Sr. João Pozzobon em 10 de setembro de 1950, com o intuito de visitar as famílias e rezar o terço. Isso foi incentivado através do Pe. Celestino Trevisan e Ir. Teresinha Gobbo que cuidava pastoralmente das atividades do Movimento Apostólico naquela época. O contexto era a preparação do ano Santo de 1950, onde o Papa Pio XII incentivou a oração do Terço. Com esta Imagem, o Sr. João fez sua história de vida de peregrino. Consta-se que peregrinou mais de 140.000 quilômetros visitando escolar, presídios, famílias, capelas, paróquias, hospitais, etc. Juntamente ele carregava uma maleta onde continha seus pertences e materiais de evangelização, somando ao total 13 quilos. Isso lhe custou um grande calo no ombro esquerdo. Quanto ao formato da Imagem Peregrina Original, muito provável, foi inspirado numa imagem da Mãe e Rainha em madeira e na forma de um Santuário pequeno vindo da Alemanha, e que pertencia a um grupo de irmãs. A irmã proprietária da imagem partilhou com a Irmã Terezinha planos de fazer imagens peregrinas seguindo aquele modelo. A Imagem Peregrina Original foi feito numa escola técnica de marceneira “Escola de Artes e Ofícios” dirigida, naquele tempo, pelos Irmãos Maristas.  Nos primeiros anos a Imagem Peregrina Original não tinha a Cruz encima, a qual foi colocada no ano de 1964, a pedido do João Pozzobon, ainda não tinham as portinhas. Elas foram feitas mais tarde para proteger a imagem.A Imagem original com a qual o sr. João Pozzobon peregrinou por 35 anos encontra-se no Centro Mariano (Casa do Movimento de Schoenstatt) em Santa Maria/RS, onde pode ser visitada por todos. O Padre Kentenich, referindo-se ao trabalho do Sr. João disse que o que ele fazia era uma pastoral moderna e genuína. Recomendava, especialmente aos sacerdotes, a olharem de perto o estilo e a fecundidade do trabalho desenvolvido pelo João.

2 – IMAGENS AUXILIARES

As Imagens Peregrinas Auxiliares – São as imagens destinadas a uma diocese, a um Santuário Diocesano ou a um apostolado maior específico, sob a responsabilidade de um(a) missionáiro (a). A primeira foi recebida das mãos do Sr. João Pozzobom pelo Diácono Ubaldo Pimentel, em Santa Maria, Brasil no dia 8 de dezembro de 1979. São réplicas fiéis da Imagem Peregrina Original, com o mesmo tamanho e formato. Como expressão da sua união com a ‘Original’, todas as ‘Auxiliares’ são bentas e partem do Santuário de Schoenstatt de Santa Maria, que é o lugar de origem da Campanha.  A primeira Imagem Peregrina Auxiliar foi feito na Oficina dos Imãos de Maria pelo  Sr. Ernesto Brandstetter. E é da oficina dos Irmãos de Maria em Santa Maria/RS que, até hoje, partem todas as Imagens Peregrinas Auxiliares para o mundo inteiro.

“Ela deve partir com a bênção do Santuário. Isso significa que… fica unida às belíssimas graças do Santuário e a toda a Campanha. (Nela) a Mãe de Deus se faz presente como alguém que caminha, então não somos só nós, mas nós e Ela. As Auxiliares são um prolongamento da benção do Pai e Fundador (Pe. José Kentenich), do Santuário Original”.

3 – IMAGENS PEREGRINAS PAROQUIAIS

As Imagens Peregrinas Paroquiais são semelhantes à Imagem Peregrina Original e às Imagens Peregrinas Auxiliares. Normalmente são menores e sem as portinhas que protegem a Imagem. Cada Paróquia pode ter sua imagem para utilizá-las em novenas, procissões e outras atividades. Algumas Paróquias organizam um roteiro para a sua imagem paroquial, para que ela visite as diversas capelas, escolas, grupos de catequese, etc. Normalmente, a Imagem Peregrina Paroquial fica aos cuidados da equipe de uma coordenação paroquial, que pode delegar a responsabilidade a uma liderança da Campanha da Mãe Peregrina.

4 – IMAGENS PEREGRINAS OCASIONAIS

As Imagens Peregrinas ‘Ocasionais’ têm o formato mais pequeno que a Imagem Peregrina Paroquial. Elas são utilizadas em diversos apostolados da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt: com os doentes, em estabelecimentos comerciais, nos hospitais, na pastoral universitária, nos Grupos do Terço dos Homens Mãe Rainha, etc. São confiadas a um missionário que organiza o itinerário e a forma de apostolado. Todas as imagens são cadastradas junto ao secretariado da Campanha da Mãe Peregrina.

5 – IMAGENS PEREGRINAS DAS FAMILIAS

As Imagens Peregrinas das Famílias percorrem mensalmente, e em caráter permanente, um grupo de trinta famílias. Cada imagem está aos cuidados de um missionário, responsável pelo apostolado junto às famílias, possui um número, registrado no secretariado responsável pela sua área geográfica. Estas imagens são as mais conhecidas e populares da Obra do Servo de Deus João Luiz Pozzobon. Ela está presente em mais de 90 países, prestando um serviço insubstituível de evangelização mariana nas famílias.

6 – IMAGENS PEREGRINAS INFANTO JUVENIL

As Imagens Peregrinas para o apostolado Infanto-juvenil são confiadas a jovens e crianças que se colocam – com a Mãe de Deus – como apóstolos para outros jovens e crianças. Podem ser também utilizadas em escolas e grupos de catequese.

Pe. Vandemir J. Meister. | Projeto João Luiz Pozzobon

João Luiz Pozzobon – Um santo com rosto mariano

João Luiz Pozzobon – Um santo com rosto mariano

A santidade, um dom de Deus aspirado pelos homens faz-se presente em todos os batizados, assim fala o Papa Francisco, mas alguns, pelo estilo de vida arrojado, a Igreja propõe como modelos para a toda a Igreja.

João Luiz Pozzobon, iniciador da Campanha da Mãe Peregrina, que hoje percorre milhares de famílias em mais de 140 países, está sendo elevado aos altares da Santidade. Seu processo já está encaminhado no Vaticano, sendo Servo de Deus. Neste momento estuda-se casos de possíveis milagres para ser conduzido ao pronunciamento de sua santidade, primeiramente como beato e posteriormente como santo.

João Luiz Pozzobon, nasce em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão, São João do Polêsine – RS. Filho de imigrantes italianos, Ferdinando e Augusta Pozzobon, aprende desde a infância a amar a Igreja e esforçar-se para viver os ensinamentos cristãos. De família italiana, com tempera religiosa, rezava o terço diariamente. Nos campos da lavoura da “Quarta Colonia” desejava seguir a vida sacerdotal. Este sonho não perdurou por muito tempo, pois sua saúde não contribuía para permanecer no seminário seguindo o ritmo de vida imposto pelo mesmo.

Frequentou somente os primeiros anos da escola, chamado na época de ‘primária”. Volta para o trabalho no campo.

Ele sente em seu interior o profundo anseio por algo que não conseguia definir. Comenta ele:

 “Eu tinha 12 anos e sentia uma espécie de saudade, que não conseguia saciar. Em nossa terra havia uma colina, uma terra um pouco elevada, e eu olhava o horizonte, ali onde o céu parece tocar a terra, e parecia-me que, desse modo, preenchia o vazio que sentia… Essa saudade durou uns 36 anos…”.

Vamos ver mais a frente, como Deus saciou esta saudade em seu interior!

Buscou seguir a vida no exército, mas na primeira prova do tiro ao alvo foi desqualificado por deficiência visual. Retorna novamente ao trabalho do campo.

 

Um esposo de três mulheres

João casou-se com Theresa Turcato. Ela trabalhava em um hotel. Assim ele começa um novo trabalho dedicando-se à hotelaria em Restinga Seca. Após sua esposa estar agravada por uma enfermidade, mudam-se para Santa Maria, local com maior possibilidade de tratamento médico para a esposa. Após breves anos locados em Santa Maria, falece sua esposa em consequência da tuberculose. João com 2 filhos e todo seu patrimônio investido na busca de cura de sua esposa, parte para outro lado da cidade, praticamente sem bens materiais. Começa morando de favores, logo conseguindo uma casa para sua família e na mesma começa com um pequeno comercio, atendendo os ferroviários.

Casa-se novamente com a Vitoria Filipetto em 1933 tendo mais 5 filhos. Ele chamava de suas “sete joias”.

Não pergunte se sou capaz, apenas dê-me a missão!

Dia 10 de setembro de 1950, ano em que a Igreja proclama o dogma da Assunção de Maria ao céu, ele recebe, no Santuário da Mãe Rainha em Santa Maria/RS, a Imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, sendo orientado para levar para visitar as casas e rezar o terço. Ele fielmente começa este apostolado, mas acima de tudo oferece seu desprendimento e criatividade. Todos os dias faz questão de ir em uma família para rezar o terço. Assim, começa ele com a Campanha da Mãe Peregrina visitando famílias, hospitais, escolas, presídios, fábricas, comércios, etc. Anos mais tarde ele vai afirmar que foi a Campanha da Mãe Rainha que saciou aquela “Saudade” do seu tempo de infância que durou mais de 36 anos.

Ele afirma: “No Santuário da Mãe e Rainha aconteceu minha grande descoberta. A bondade e a misericórdia de Deus e da Virgem Mãe e Rainha me confiaram uma grandiosa missão evangelizadora: a Campanha do Santo Terço. Entendi a missão e, por ela, fiz minha entrega total”. Por sua consagração e entrega filial à Mãe e Rainha, Sr. João se torna um verdadeiro missionário e apóstolo, sem descuidar em nada de sua própria família. É sua convicção que 

“quando algo é de Deus, algo divino, um homem sozinho pode mover o mundo. Eu havia dito à Mãe e Rainha que pouco me importava mover o mundo inteiro, se descuidasse de minha família. Se isso acontecesse, não estaria fazendo nada… Porém, tudo foi bem. Quando Deus quer que se realize uma missão, uma pessoa pode cuidar de sua família, pode fazer tudo”.

Um homem de dinamismo apostólico

Seu trabalho de evangelização foi totalmente comprometido com os da ‘periferia existencial’. Levando a Imagem da Mãe Peregrina ele teve contato com as famílias mais carentes e distantes da Igreja. Suas visitas eram de verdadeira catequese, sendo com isso um caminho para levar as pessoas novamente para dentro da Igreja buscando os sacramentos. Ademais, onde passava, fazia um levantamento referente a situação de catequese e sacramental passando para o correspondente pároco. Construiu 3 capelas naqueles lugares que as pessoas se sentiam distantes do convívio social, sendo nelas escola e igreja. Estava preocupado com a formação das crianças e sua catequese. Fé e formação estão de braços dados.  Percorrendo longas distancias percebe que a mesma situação se encontram muitos camponeses para chegar até a igreja mais próxima. Assim, constrói mais de 40 ermidas, locais onde tem uma família responsável e ali gesta-se também uma pequena vida eclesial, com possibilidade de missas, novenas, reza do rosário, celebração do dia da Aliança (dia 18 de cada mês).

Preocupado com as famílias que chegavam a Santa Maria em busca sustentação, ele constrói uma vila “Vila Nobre da Caridade” com mais de 12 pequenas casas, cada uma com o nome de uma flor, onde acolhia essas famílias em transição. Pois ficava na “Vila Nobre da Caridade” até poder, através de seus trabalhos, locar um imóvel e morar no mesmo. A mesma experiência João Pozzobon tinha passado a alguns anos atrás, após a morte de sua primeira esposa.

Uma missão, também com incompreensão

O “Seu João” como era conhecido, carregava uma imagem da Mãe Rainha e uma maleta totalizando mais de 13 quilos. Os anos fizeram que o osso do seu ombro criasse um calo onde apoiava a imagem. Fazia geralmente a pé; pois o transporte na época não era comum como hoje.

Os santos muitas vezes são vistos como loucos. Loucos de amor por algo. Assim também foi com João. Muitos não compreendiam tanta dedicação de um pai de família. Encontravam desproporcional e com isso levantavam críticas ao seu trabalho evangelizador. Essas provas foram degraus também para seu próprio amadurecimento. Quando passava pela rua carregando a imagem, os incomodados chamavam-no de “burrinho”. Assim, ele jocosamente aceitou tal denominação chamando-se a si mesmo de ‘o burrinho de Maria’. Foi ele que levou Ela para Belém, foi ele que levou Ela para a fuga do Egito. Esse burrinho teve uma verdadeira honra de carregar Maria. Assim, comparava-se também o Sr. João. Seu amor era incomensurável à Nossa Senhora, a qual ele chamou de sua terceira esposa.

 

Um diácono comprovado no amor

Em 30 de dezembro de 1972, ele é ordenado Diácono Permanente pela imposição das mãos de Dom Érico Ferrari, na Capela Nossa Senhora das Graças em Santa Maria. “Minha ordenação foi como uma flor que se abriu, uma grande alegria que se estendeu a todos os amigos. Senti-me penetrado, totalmente, pelo espírito da Santa Igreja. Senti a união como um só coração. Foi um verdadeiro Cenáculo, junto com a Mãe e Rainha. A hora do Espírito Santo

Sente-se unido ao Fundador da Obra do Movimento Apostólico de Schoenstatt, Padre José Kentenich, do qual se considera seu aluninho. No Movimento Apostólico ele encontrou com sua vocação e missão.

Após 35 anos de total dedicação à Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, falece no dia 27 de junho de 1985. A caminho do Santuário da Mãe Rainha em Santa Maria, ao atravessar uma avenida, devido a um forte nevoeiro, é atropelado por um caminhão. Assim ele faz a sua última romaria, retorna ao Santuário Eterno e se realizam suas palavras:

 “Se um dia me encontrarem morto no caminho, saibam que eu morri de alegria!”

Publicado na Revista CRB 2018.

Pe. Vandemir Jozoé Meister. ISch.

Postulador da Causa de Beatificação.

Prefeito e secretários de município de Santa Maria percorrem locais históricos do Servo de Deus Diácono João Luiz Pozzobon

Informações da Arquidiocese de Santa Maria

Texto e fotos: Isabel Klein

A Prefeitura de Santa Maria, representada pelo prefeito Rodrigo Décimo e a vice-prefeita, professora Lúcia, junto a alguns de seus secretários, realizou no último sábado, 22 de março, um percurso pelos locais históricos relacionados ao Servo de Deus Diácono João Luiz Pozzobon. A visita foi convocada pelo secretário de turismo, sr. Ewerton Falk e guiada pelo padre Vítor Hugo Possetti, do Instituto dos Padres de Schoenstatt, responsável pela Causa de Beatificação, e teve o apoio e o estímulo do arcebispo metropolitano, Dom Leomar Brustolin.

O percurso pelos locais de interesse do turismo religioso teve um duplo objetivo: primeiro, avaliar as condições e identificar as necessidades de melhorias na infraestrutura da cidade para atender melhor os peregrinos que visitam os pontos de devoção do diácono; segundo, reforçar o compromisso com a história de santidade de Pozzobon, inspirando todos os envolvidos a trabalhar em conjunto para o bem-estar da comunidade, segurança dos visitantes e uma experiência positiva aos peregrinos.

Durante o passeio, as autoridades locais puderam observar de perto os caminhos por onde transitam milhares de peregrinos, não só de Santa Maria e região, mas também de outras cidades e países como Argentina, Paraguai e Uruguai. Com um olhar atento, o prefeito e os secretários identificaram as oportunidades de melhorias e os gargalos existentes, como problemas nas calçadas, ruas, sinalizações e outros pontos críticos que necessitam de intervenção para proporcionar mais conforto e segurança.

A visita também teve em vista o Jubileu Internacional da Campanha da Mãe Peregrina, que acontecerá em setembro de 2025, com cerca de 1 mil participantes provenientes de mais de 20 países. Este evento representa um marco importante para a Arquidiocese de Santa Maria, e a administração municipal está empenhada em garantir que a cidade esteja pronta para receber os peregrinos com a infraestrutura necessária.

O prefeito de Santa Maria, Rodrigo Décimo, compartilha sua experiência pessoal durante a visita:
“Eu já conhecia esse movimento em torno do diácono João Luiz Pozzobon, mas me surpreendi. Sabia que era intenso, que era forte, mas eu não tinha ainda a percepção direta do quanto isso envolve. E o bonito é o envolvimento das comunidades. Elas estão ali, fazendo sua parte, e isto tudo é um legado que o diácono nos deixa e que não podemos deixar para trás, pelo contrário, temos que cada vez mais enaltecer. Muito obrigado pela oportunidade!”
Padre Vítor Possetti comenta que “é muito importante o apoio do poder público. Uma missão de acolher bem e de modo planejado, aos peregrinos e romeiros que estão chegando cada vez mais a cidade, nos passos do diácono João Pozzobon. Trata-se de uma grande oportunidade para o desenvolvimento não só econômico, turístico e social mas também e principalmente, humano e espiritual para toda cidade e região”.

Processo de Beatificação passa pela Consulta Teológica e entra em uma nova etapa em Roma

A comissão teológica reunida na terça-feira, 4 de março, se expressou positivamente sobre o exercício heroico das virtudes e a fama de santidade e de intercessão do Servo de Deus João Luiz Pozzobon.
Seguimos unidos em oração para que o Senhor, pela ação do Espírito Santo, guie os Cardeais e Bispos membros do Dicastério, chamados a dar seu julgamento em uma Sessão Ordinária, cuja data ainda não foi definida, mas que se prevê para os próximos meses.
Secretaria Pastoral da Causa de Beatificação João Luiz Pozzobon

No dia 4 de março Vaticano irá tratar sobre Processo de beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon

Foi marcada para essa data a discussão sobre a causa na Comissão teológica, e o fato mobiliza devotos em corrente de orações.

O Dicastério para a Causa dos Santos informou que a Causa de Beatificação do Servo de Deus João Luiz Pozzobon foi colocada em pauta para ser discutida pelos Consultores Teólogos no dia 4 de março de 2025. Isso significa que a Positio sobre as Virtudes, entregue no último mês de outubro, começará a ser examinada e nessa data será tratada pela comissão de teólogos designada pelo dicastério. É mais uma etapa muito importante rumo ao decreto de Venerável.

Os consultores teólogos analisarão as cerca de 800 páginas que testemunham sobre a Vida, as virtudes heróicas e a fama de santidade do Servo de Deus João Luiz Pozzobon e votarão sobre o mérito da causa. Junto ao Promotor da Fé, eles estudarão o processo de tal forma a examinar e esclarecer todas as possíveis questões.

– Pode ser que nesta etapa eles peçam esclarecimentos ou a complementação de documentos – explica o responsável pela Causa de Beatificação em Santa Maria, Pe. Vitor Hugo Possetti.

Após examinarem e votarem sobre o mérito da causa, os consultores teólogos encaminham o seu relatório e votos para o juízo de um grupo de cardeais e bispos. Por fim, o tema é levado ao Santo Padre, o Papa Francisco, para que ele promulgue o decreto sobre a heroicidade das virtudes, sendo quem tem autoridade para declarar o Diácono João Pozzobon Venerável. Este processo segue o trâmite previsto na Constituição Apostólica Divinus Perfectionis Magister, de João Paulo II.

Corrente de Oração

– Por isso, convidamos a todos que temos especial carinho pela vida e missão do Diácono João Pozzobon, aqueles que recebem a Mãe Peregrina em suas casas, homens do terço, família de Schoenstatt, Diáconos, a Igreja na Arquidiocese de Santa Maria e em todo mundo que intensifiquemos as orações, terços, missas, novenas, pedindo a Deus que ilumine o estudo dos Teólogos que formam parte da comissão e pedindo a Deus pela Beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon – é o estímulo do Pe. Vítor.

Em Santa Maria e em muitos outros locais onde se cultiva a devoção à Mãe e Rainha e ao Servo de Deus, o dia 27 de cada mês tornou-se um dia de oração pela causa de beatificação, já que o dia de sua morte foi 27 de junho.

Em Santa Maria, todo dia 27 às 19h ocorre a oração do terço na Capela Nossa Senhora das Graças, onde está sepultado João Pozzobon.  A partir deste dia 27 de janeiro, em Schoenstatt, na Alemanha, será celebrada a Santa Missa em português no Santuário Original, na intenção da causa de beatificação.

Processo de Possível Milagre

-Existe também a expectativa de que nas próximas semanas seja agendada em Roma a abertura do Processo de um possível milagre para análise e decreto de validade Jurídica do inquérito diocesano. Nenhuma data está ainda confirmada, mas quando houver novidades nesse sentido informaremos a todos para que sigamos unidos em oração – disse o Vice-Postulador

Seu grupo, paróquia ou Santuário também está rezando pela beatificação do Diácono João Luiz Pozzobon nos dias 27? Envie fotos e convites para o perfil da causa no Instagram, para que também ali seja divulgado. O endereço é instagram.com/joaoluizpozzobon